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Iniciação Científica

Educação, Sociedade e Processos Formativos


Categoria
Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação

PROCESSOS FORMATIVOS E UTOPIA: RELAÇÕES ENTRE MARCOS CATEGORIAIS E EDUCAÇÃO

O projeto objetiva discutir a relação entre concepção antropológica e utopias: por um lado, tal relação é tradicionalmente associada ao esclarecer àqueles que não perceberam seu estado de ignorância e, por outro lado, implica certa condição da profissão do professor. Nossa chave de interpretação apoia-se na concepção de educação e de seus processos formativos que desde o mundo grego antigo define-se como pharmakon da alma, no duplo sentido de remédio e veneno, visando um processo de modificação do humano. Referenciados nesses elementos da tradição, pergunta-se se há elementos para constituir um certo paradigma ético-mítico de “plano inclinado” que articularia a compreensão de educação, de antropologia e de utopia. Vislumbra-se a possibilidade de um marco categorial de origem mítica-religiosa que, reinterpretado na Modernidade, afirmaria o processo de ensino como uma saída/transformação no modo de ser humano. Pretende-se, a partir da metodologia dialético-compreensiva, aprofundar o estudo geral do marco categorial que, estruturando miticamente o horizonte de compreensão, concederia uma maneira de entender o ser humano, os projetos de sociedade e a educação, do qual depreendemos práticas de ensino. De modo secundário, pretendemos estudar se há reprodução de certa estrutura categorial no ensino atual de Filosofia, isto é, se e de que modo professoras e professores hoje utilizam e/ou reconhecem um esquema conceitual estruturante em sua ação educativa. A proposta é aprofundar no discernimento das formulações entre ensino de Filosofia, antropologia e utopia a partir de concepções de conhecimento como saída e elevação. Também interessa-nos encontrar elementos em teóricos já conhecidos nas práticas docentes do ensino de Filosofia que sejam diferentes deste tipo de paradigma, como por exemplo, parece indicar a obra do teórico latino-americano Paulo Freire. Que consequências podemos derivar para a concepção de educação, de ensino e, especialmente, de ensino de Filosofia, que se explicitam em práticas formativas e docentes? Que modificações e conflitos seriam identificáveis com a nova proposta antropológica e utópica dos ultraneoliberais de nossa época seja na concepção de conteúdo didática e metodologia de ensino de Filosofia? Como questões derivadas: (1) De que maneira podemos indicar elementos convergentes e divergentes nas diferentes concepções de Filosofia e de seu ensino? (2) Que modificações seriam possíveis nas práticas do ensino de Filosofia a partir da crítica da razão mítica que fundamenta o paradigma hegemônico em vigor? A necessária crítica deste modelo suporia a crítica de sua razão utópica e a experiência de sua superação, a partir de outras formas de pensar o ensino em geral e, especificamente, o ensino de Filosofia.


Coordenador: Allan da Silva Coelho
Contato: allan.coelho@usf.edu.br
 

 


FETICHISMO E SOCIEDADE DE CONSUMO: PERSPECTIVAS CRÍTICAS DOS “MODOS DE SER” HUMANO NA CONVERGÊNCIA DE CRISES SOCIAL, CLIMÁTICA E ECONÔMICA.

Tendo como ponto de referência a crise social e ambiental que desafia a humanidade, propomos neste projeto a tentativa de compreender os aspectos do fenômeno religioso presentes nos processos que ensinam certa “maneira de ser” (Paulo Freire) na sociedade de consumo a partir das interfaces entre instituições eclesiais e instituições do mercado econômico. A crítica da sociedade de consumo articula aspectos religiosos na teoria do fetichismo como fundamento de projetos de utopia. Cada utopia supõe uma concepção de ética, de antropologia e de proposta formativa para o ser humano. A questão mais geral que direciona essa investigação é de que forma a dimensão mítico-religiosa tem potencial para gestar utopias como horizontes de plausibilidade alternativos a partir da crítica do fetichismo na sociedade contemporânea? Tem como categorias organizadoras a ideia de normalidade da vida, o modelo de desejo, as consciências de justificação e os processos de culpabilização. Propõe-se, à partir da dialética-compreensiva, a compreender, comparando a visão social de mundo de diferentes atores das discussões sobre justiça social e ambiental, que categorias permitem incorporar a dimensão religiosa-teológica socialmente enraizadas na América latina, ao pensamento sócio-político na sociedade racional e secularizada. Para tanto, destaca o papel do Papa Francisco como uma das principais referências a partir de sua Enciclica Laudato Si. Tal iniciativa permite olhar para processos sociais educativos que formulam uma maneira de ser na crítica da injustiça social e climática, bem como para a história e tradição dos movimentos de educação popular em defesa dos direitos humanos impulsionados pelo cristianismo de libertação.


Coordenador: Allan da Silva Coelho
Contato: allan.coelho@usf.edu.br
 

 


EDUCAÇÃO, TEORIAS CRÍTICAS LATINO-AMERICANAS E AS EPISTEMOLOGIAS DO SUL

Este projeto faz parte da linha de pesquisa “Educação, sociedade e processos formativos” do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da USF. Tem por objetivos promover análises e pesquisas sobre a nossa Educação contemporânea através das Teorias Críticas Latino-Americanas em suas perspectivas históricas, culturais, epistemológicas geopolíticas e filosóficas propostas por pensadores globais sobre a pedagogia crítica, a Filosofia da Libertação, as Epistemologias do Sul e a decolonialidade, isso para se repensar as práticas e as teorias da Educação. Tais teorias representadas por Enrique Dussel, Anibal Quijano, Walter Mignolo, Boaventura Santos, Paulo Freire, Catherine Walsh, dentre outros, apontam para uma pluralidade dos saberes existentes, pedagogias decoloniais e filosofias de libertação que podem contribuir nos projetos mais abrangentes de reconhecimento de outros saberes, de outras formas educacionais, outras culturas (além, das do Norte). Assim, adentra-se no “paradigma da vida concreta”, da práxis de uma Educação contemporânea para a vida, através de uma “ecologia de saberes” para um contexto da Transmodernidade e das decolonialidades do poder, do saber e do ser. Palavras-chave: Pedagogia Decolonial; Decolonialidade; Epistemologias do Sul.


Coordenador: Carlos Roberto da Silveira
Contato: carlos.silveira@usf.edu.br
 
 
 

EDUCAÇÃO, FOUCAULT E DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS

Este projeto faz parte da linha de pesquisa “Educação, sociedade e processos formativos” do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da USF. Tem por objetivos, pôr em diálogo o nosso tempo presente com o pensamento tardio de Michel Foucault e com a Filosofia Antiga Ocidental. Sabe-se que na “fase tardia”, ou “terceira fase”, Foucault vai às fontes da Antiguidade grega e traz consigo elementos para os pensamentos sobre “O uso dos prazeres” e “O Cuidado de si”. “O cuidado de si” (epimeleia heautou), advém do Primeiro Alcibíades de Platão, que trata de um conjunto de experiências e técnicas que determinado cidadão devia seguir para cuidar de si mesmo. No período helenístico/romano, o cuidado de si adiciona a máxima do “conhece-te a ti mesmo” (gnôthi sauton), mas que não se reduz ao cuidado de si, que será um ideal ético, um projeto de conhecimento, “fazer da vida uma obra de arte”, uma “Estética da Existência”. Sendo assim, este projeto pretende conhecer e investigar alguns pontos primordiais da Antiguidade, da Paideia, ao adentrar nos universos do Logos Mítico, do Logos Filosófico, da Filosofia Pré-socrática, Sócrática, Platônica, das Escolas Helênicas e Escolas Helênicas-Romana. Em paralelo aos referidos assuntos, pretende-se mergulhar no pensamento foucaultiano, bem como, nas questões que envolvam a atualidade do mundo educacional quanto à decolonialidade do saber, do ser e do poder, isso com o intuito de aprofundar estudos e pesquisas para se pensar a Educação contemporânea quanto às teorias educacionais, às práticas e discursos. Palavras-chave: Processos Educativos; Práticas Discursivas; Foucault; Paidéia.


Coordenador: Carlos Roberto da Silveira
Contato: carlos.silveira@usf.edu.br
 

 


EDUCAÇÃO POPULAR E O LEGADO DE PAULO FREIRE: CONTRIBUIÇÕES PARA PROPOSIÇÃO DE PESQUISAS DIALÓGICAS E HUMANIZADORAS

A presente investigação faz parte do quadro de produção do Grupo de Pesquisa sobre as Teorias Críticas Latino-Americanas (USF) e fundamenta-se nos aportes da Educação Popular e da Pesquisa Participativa latino-americana a fim de desvelar modos de ser, de existir e de produzir conhecimentos encobertos pela colonialidade de gênero/ do ser/do poder/do saber.  O objetivo da pesquisa consiste em mapear e analisar a influência do legado de Paulo Freire e dos princípios da Educação Popular para a proposição de práticas educativas dialógicas, humanizadoras e problematizadoras, a fim de fazer frente à lógica neoliberal. Almeja-se, portanto, levantar subsídios teórico-metodológicos que possam colaborar com o processo de construção de uma corrente crítica nas ciências humanas, que afirma a educação como um direito e que busca aliar conhecimentos populares e conhecimentos científicos com vista à promoção da equidade social.

Coordenadora: Fabiana Rodrigues Sousa de Sante
Contato: fabiana.sante@usf.edu.br

 


 

POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO E SUBJETIVIDADES CONTEMPORÂNEAS: ANÁLISE DISCURSIVA

A partir do escopo teórico discursivo (Pêcheux e Orlandi), na interface dos estudos arquegenealógicos de Foucault e outros autores pós-críticos (Bhabha, Mbembe), com insights da psicanálise (Freud e Lacan), este projeto de pesquisa tem como proposta levantar e analisar as emergências de subjetividades e identidades educacionais contemporâneas dos discursos que atravessam as políticas públicas de Educação, no Brasil e no mundo. Propomo-nos a responder às seguintes perguntas de pesquisa: quais os efeitos de sentido, no que tange à constituição do sujeito da educação no Brasil, que emergem nos discursos dos documentos das políticas públicas contemporâneas? Ou ainda, em que medida os discursos dos documentos instauram “novos” regimes de verdade no tange ao estatuto do sujeito em Educação no Brasil? Como tais documentos atuam como novas formas de governamentalidade na Educação, enquanto práticas discursivas de tensão entre inclusão e exclusão? Pretendemos trabalhar com práticas discursivas educacionais formais e não-formais: discurso político educacional (incluindo as avaliações externas – PISA, Agenda 2030), agências nacionais e internacionais influenciadoras de políticas, currículo, produção de identidades e subjetividades em Educação e discursos contemporâneos sobre a educação na Pandemia e pós-pandemia, educação a distância, ensino híbrido, educação em contexto de violência e de pobreza. Almejamos trazer à tona os conflitos geralmente apagados e camuflados que compõem a racionalidade que sustenta as políticas públicas educacionais nacionais e internacionais em Educação, problematizando-os à luz dos estudos pós-críticos, no intuito de melhor entender as relações contemporâneas instauradas no âmbito nacional. Esperamos que nossos resultados possam alcançar os líderes responsáveis pelas políticas de Educação do Brasil, de modo a melhor contribuir para a educação do século XXI, em nosso país. Palavras-Chave: Discurso, Sujeito, Políticas Públicas, Práticas Educativas.

Coordenadora: Márcia Aparecida Amador Máscia
Contato: marcia.mascia@usf.edu.br


 

A DIMENSÃO FORMATIVA DA INTEGRIDADE EM PESQUISA DE EDUCAÇÃO

Este projeto inaugura a iniciativa do Grupo de Estudo e Pesquisa em Ética, Política e História da Educação Brasileira- GEPHEB, cadastrado no CNPQ, de tornar livre acesso a participação de jovens pesquisadoras e pesquisadores de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado em Educação interessados na formação do pesquisador quanto a integridade em pesquisa. Entendendo o ofício do pesquisador como fruto de uma constituição histórica e filosófica, que corroboram para forjar as ações do pesquisador em fundamentos éticos que se constroem na alteridade presente no contexto da investigação dentro de instituições escolares da Educação Básica, do Ensino Superior e da pós-graduação stricto sensu. Indagar na formação destes pesquisadores quais ações são desenvolvidas, capazes de provocar uma consciência ética do entendimento de que cuidar de atitudes éticas dos projetos de pesquisas, que envolvam seres humanos como participantes, vão além de conhecimentos de resoluções que garantam a regulação das ações do pesquisador. A hipótese é de que ao falar em integridade na pesquisa em Educação é o mesmo que remeter o pesquisador ao conhecimento das Resoluções 466/12 a 510/16, entre outras normativas, entendendo que postura ética do pesquisador é objeto de regulação e ignorando que a integridade ética se estabelece na alteridade entre o pesquisador e seus participantes, sejam adultos, jovens e ou crianças. A metodologia de natureza qualitativa trabalhará com dois momentos distintos, o primeiro uma revisão de literatura sobre integridade em pesquisa de educação, abordando a relação das legislações produzidas desde o final do século XX, como as resoluções de ética em pesquisa, evidenciando o enfoque instrumental dado a pesquisa, desde o protocolo do projeto para revisão ética na Plataforma Brasil à formação permanente sobre a integridade na pesquisa, em discussões restritas ao GEPHEB. Em seguida, através da técnica do grupo focal, levantar com pesquisadores acerca de qual momento é abordado em sua formação a integridade em pesquisa. Espera-se desencadear ações, a partir do estudo e investigação realizada, que despertem a consciência por parte do pesquisador em educação, de que a pesquisa não termina no momento da defesa, mas que a devolutiva aos participantes da pesquisa, das mais diferentes formas, também faz parte da postura quanto a integridade na pesquisa do pesquisador. Palavras-chave: Integridade em Pesquisa. Ética. Formação do Pesquisador. Pesquisa em Educação. Alteridade.

Coordenadora: Sônia Aparecida Siquelli
Contato: sonia.siquelli@usf.edu.br
 

 

O PAPEL DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE INSTITUIÇÕES ESCOLARES NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA EM DIFERENTES CONTEXTOS

O presente projeto de pesquisa situa-se no campo da História da Educação Brasileira em Instituições Escolares e tem como objeto congregar projetos orientados no interior do Grupo de Estudo e Pesquisa em Ética, Política e História da Educação Brasileira- GEPHEB, que objetiva a investigar as possíveis conservações e transformações ocorridas nas instituições escolares de ensino de formação, da Educação Básica ao Ensino Superior, que marcam a constituição da sociedade brasileira, em diferentes períodos históricos, políticos e sociais. Indagar qual o compromisso histórico e político da formação educacional em diferentes períodos e contextos de fenômenos educacionais. Evidenciar o enfoque dado aos diferentes métodos de pesquisa histórica empregados para contribuição do avanço da pesquisa na área e na educação brasileira. Tem o cuidado de ir às fontes primárias e secundárias evidenciando na descrição de sua constituição as possíveis análises possibilitadas. De eleger seus instrumentos de pesquisa e descreve-los em sua prioridade o que é capaz de evidenciar sobre o que se conserva ou o que se transforma a na formação educacional, no diálogo com os fundamentos históricos para os estudos de políticas públicas educacionais, que privilegiam a igualdade de acesso, de permanência e de qualidade da educação, ocorridas nas mais variadas instituições escolares, sob os variados temas de pesquisa de instituições de Educação Básica ao Ensino Superior. Palavras-chave: História da Educação; Instituição Escolar; Formação; Políticas Educacionais.

Coordenadora: Sônia Aparecida Siquelli
Contato: sonia.siquelli@usf.edu.br